A cada nova guerra vemos a velha retórica do mal contra o bem onde não se sabe onde está a verdade. De uma coisa sabemos sempre: encontrar as vítimas.
Sem citar os casos mais antigos, recentemente o mundo assistiu horrorizado a uma guerra onde milhares foram mortos e dezenas de milhares feridos. Vimos isto no Afeganistão e recentemente noticia-se que “Um time de geologistas americanos e oficiais do Pentágono descobriram uma vasta riqueza mineral no Afeganistão, o suficiente para tonar o país empobrecido em um dos centros de mineração mais lucrativos do mundo, de acordo com informações do The New York Times.”[i] Estas riquezas estariam avaliadas inicialmente em um trilhão de reais.
Depois foi a vez do Iraque, onde poderosas armas de destruição em massa seriam capazes de abalar o mundo. Não encontraram nada por lá e ao final das contas ficou tudo por isso mesmo, acabou em pizza. O Iraque detém a segunda maior reserva de petróleo do mundo, perde apenas para a Arábia Saudita. Parece óbvia a justificativa para fazer o que foi feito.
No Irã está a maior reserva de gás natural que se conhece. O seu campo de South Pars é o maior do mundo. Já faz tempo que estão na mira do império.
Chama atenção que alguns países não submissos sejam invadidos e espoliados até que o governo local seja derrubado e instaurado outro que atenda aos objetivos imperialistas dos EUA e seu velhos e poderosos aliados, velhos não precisa de comentário, mas poderosos, apenas com o poder das armas, já que o poder dos recursos naturais está se esgotando e estes precisam ser adquiridos de uma forma ou de outra, por bem ou por mal.
A pergunta que não me cala é a seguinte: O que no Brasil temos hoje de tão cobiçado pelos senhores das armas que vem aqui beijar a nossa presidenta?
Uma coisa eu sei ao certo. São obscuras e desconhecidas as razões que levam a guerra, mas de concreto conhecemos bem as vítimas, como este menino Líbio, na foto, que não imagina o que está por traz de sua grande dor e iminente morte.
Gilson Oliveira